05:57 da manhã. 30 de dezembro. o sol começa a encher o céu de luz. estamos num café na estrada, rumo a Vila de Caraíva, no Estado da Bahia - Brasil.
5 jovens. Viagem. Praia. Férias. Diversão. Ano Novo. Amizade. Sol. Mar. FELICIDADE.
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
sorrir, vem colorir solar..
eu cheguei atrasada. e o trem bala dos amores de verão me embalou. mas eu cheguei atrasada. peguei a metade da música. a metade da maçã pela metade. a metade dos dias de férias. eu cheguei atrasada em mim. e cheguei atrasada nos outros. cheguei atrasada nas explicações. cheguei atrasada para as juras de amor.
perdi as cartas, que ficaram atrasadas. cheguei atrasada na paixão. e nos meus amigos, que viram meu atraso. cheguei atrasada no ritmo que embalou. cheguei atrasada no show. na praia. na casa toda decorada de tons terrosos. cheguei atrasada no ar condicionado e no quarto com cheiro de incenso. eu cheguei atrasada no mundo. sempre.
mas mesmo chegando atrasada, recuperei todos os momentos. busquei lá no fundo as juras e cartas perdidas. apertei o replay da trilha sonora. e ganhei a outra metade da maçã, m e r e c i d a m e n t e.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
existe um abismo.
tinha um abismo no meio do caminho.
no meio do caminho tinha um abismo.
os meus amigos estão doentes. um no hospital, um com câncer, outro com infecção na garganta. os países estão doentes. uns com muito dinheiro, outros com muitas armas, outros com muita fome. a sociedade está doente. uma parte é medíocre. a outra é hipócrita. e a outra é oprimida. os amores estão doentes. uns amam demais, outros de menos. e alguns são doentes pelo ciúme, pela possessividade. as minhas amigas estão doentes. algumas só pensam em homem; outras, só em academia; e o resto só pensa em se livrar da "chatice" faculdade, dos livros, dos professores e da responsabilidade. como se um dia ela não tivesse que chegar, né.
a natureza está doente. animais morrem. florestas morrem. todos morrem.
todos morrem por dentro e por fora. morrem física ou psicologicamente. morrem através de valores ridículos, por atitudes ridículas. morrem por serem ridículos.
o mundo está doente. o mundo está morto. o mundo é ridículo.
depois de não me perguntar mais isso desde a minha infância, eu me permito:
o que eu to fazendo nesse lugar?!
no meio do caminho tinha um abismo.
os meus amigos estão doentes. um no hospital, um com câncer, outro com infecção na garganta. os países estão doentes. uns com muito dinheiro, outros com muitas armas, outros com muita fome. a sociedade está doente. uma parte é medíocre. a outra é hipócrita. e a outra é oprimida. os amores estão doentes. uns amam demais, outros de menos. e alguns são doentes pelo ciúme, pela possessividade. as minhas amigas estão doentes. algumas só pensam em homem; outras, só em academia; e o resto só pensa em se livrar da "chatice" faculdade, dos livros, dos professores e da responsabilidade. como se um dia ela não tivesse que chegar, né.
a natureza está doente. animais morrem. florestas morrem. todos morrem.
todos morrem por dentro e por fora. morrem física ou psicologicamente. morrem através de valores ridículos, por atitudes ridículas. morrem por serem ridículos.
o mundo está doente. o mundo está morto. o mundo é ridículo.
depois de não me perguntar mais isso desde a minha infância, eu me permito:
o que eu to fazendo nesse lugar?!
domingo, 20 de dezembro de 2009
lets dance.
vamos fazer uma festa na praia. vamos convidar o índio da mata virgem, o preto do terreiro, a freira do Convento da Penha. vamos chamar o bispo, o Papa, a Chiquita Bacana. vamos convidar Jesus. vamos chamar o Diabo. vamos exigir que ele leve o seu garfo e o seu fogo para fazer as bebidas flamejantes. vamos dançar. vamos chamar amigos loucos e alucinados, que tragam a erva nossa de cada dia e muita xixa. e cerveja. e vodka. e tequila. e xiboquinha. e suco gummy. e champagne pra brindar a vida. e o máximo de alegria para ser compartilhada. e tudo de alcoolico que existir. vamos levar caixas de som, deixar os decibéis tomarem conta de nossas mentes. vamos fazer uma fogueira, pular no mar de madrugada, fazer amor. vamos rodar com os amigos, vamos nos dar as mãos. vamos embora pra Passárgada! vamos contratar músicos com violinos e saxofones e trompetes. vamos chamar o Jorge para animar a festa. e violões e percurssões e tambores e batuques. vamos pegar o forró e misturar com o samba do criolo doido. aí a gente adiciona mpb e um pouco de música clássica, rock e bossa nova. vamos ouvir a música psicodélica e compartilhar desse sentimento de união. vamos fazer uma festa que não acabe nunca. que dure incansáveis 24h de um dia, por 30 e poucos dias no mês, por 12 meses ao ano, por, no mínimo, 95 anos. vamos transformar o tempo numa piscadela atemporal. aí a nossa festa vai durar pra sempre. vamos comer algodão doce. e rir até a barriga doer. vamos viver. vamos ir, quero ver. vamos amar. vamos, amor.
e ser feliz até quando a gente conseguir - incondicionalmente.
eu; fim do vestibular; férias; fim do ano; viagem; ano novo; amigos; caraíva; janeiro; resultados; e quem sabe, quem dirá, quem preverá, quem dera, vida nova. =)
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
adolescência.
oh! que saudades que tenho
da aurora da minha vida
da minha adolescência querida
que os anos não trazem mais.
que amor, que sonhos, que flores!
naquelas noites, loucuras!
à sombra das castanheiras
nos rocks infernais.
Como são belos os dias
do despontar da existência
- respira a alma inocência!
com poesia e amor;
o mar é abrigo sereno.
o céu é cobertor estrelado,
o mundo um sonho dourado
a vida um eterno ardor.
da aurora da minha vida
da minha adolescência querida
que os anos não trazem mais.
que amor, que sonhos, que flores!
naquelas noites, loucuras!
à sombra das castanheiras
nos rocks infernais.
Como são belos os dias
do despontar da existência
- respira a alma inocência!
com poesia e amor;
o mar é abrigo sereno.
o céu é cobertor estrelado,
o mundo um sonho dourado
a vida um eterno ardor.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
e agora
eu pago os meus pecados por ter acreditado que só se vive uma vez. pensei que era liberdade mas, na verdade, eram as grades da prisão...
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
um desejo só.
a consistência do seu beijo se perdeu entre os rumos da história. me fez arrepiar da cabeça aos pés. coisa louca é essa chamada de desejo, que nos toma o peito e o corpo, a mente e os gestos, e nos faz querer uma imbatível coisa - até conseguir e a vontade cessar. sentir o teu calor de tão perto, sentir o teu olhar me rondando. sentir. sentir. sentir. tudo o que é feito do mundo sensível. seria abstração? na distância-abismo entre nós, queria eu poder dizer o quanto acho brilhante tudo o que você faz. o jeito que coloca as mãos na cintura me questionando. o jeito que segura argumentos, lê e analisa a vida. o jeito que me analisa. e faz uma radiografia com os olhos, nos quais eu finalmente encontro o desejo que fugiu de mim. é fato, abrigou-se em você.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
céu azul.
o céu hoje está azul.
tal como todos os dias
tal como o mar acolhe
e as estrelas chamam
o céu hoje está azul.
o céu hoje está azul.
como nunca esteve,
como nunca vi,
o céu hoje está azul.
e da janela do meu quarto
o céu me olha e sorri
o céu me abraça com sua brisa
o céu me ama como amante
tudo isso porque, hoje,
o céu está azul.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
tanto.
o que é que
esse azul infinito e ensolarado
esconde de mim?
talvez é lá que esteja
o amor que sempre procurei.
esse azul infinito e ensolarado
esconde de mim?
talvez é lá que esteja
o amor que sempre procurei.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
terça-feira, 3 de novembro de 2009
repente.
de repente
surgiu a letra
surgiu a rima
surgiu a frase.
de repente
sumiu a letr
sumiu a
sumiu
sumi
sum
su
s
.
surgiu a letra
surgiu a rima
surgiu a frase.
de repente
sumiu a letr
sumiu a
sumiu
sumi
sum
su
s
.
domingo, 1 de novembro de 2009
era uma vez um garoto.
desses que a gente conhece sem lembrar direito aonde porque não prestou atenção. caiu de pára-quedas num fim de semana.. e foi ficando. falou de marcelo camelo, vida e poesia. e continuou ficando. proseou sobre opressão e até foi ao cinema.
mas faltava um quê de paixão; um ar de loucura; uma expressão de sentimento. mas ele continuou ficando, como uma poltrona onde a gente senta apenas quando se lembra de que está triste.
depois de um tempo essa poltrona foi ficando velha e acabada; corroída por cupins, insistia em continuar ficando. até que virou uma pedra (tipo aquela de Drummond), e não mais uma poltrona.
um dia, a pedra sumiu. e como faltava um quê de paixão, um ar de loucura e uma expressão de sentimento eu dei graças a Deus e sorri. sorri como nunca. =)
mas faltava um quê de paixão; um ar de loucura; uma expressão de sentimento. mas ele continuou ficando, como uma poltrona onde a gente senta apenas quando se lembra de que está triste.
depois de um tempo essa poltrona foi ficando velha e acabada; corroída por cupins, insistia em continuar ficando. até que virou uma pedra (tipo aquela de Drummond), e não mais uma poltrona.
um dia, a pedra sumiu. e como faltava um quê de paixão, um ar de loucura e uma expressão de sentimento eu dei graças a Deus e sorri. sorri como nunca. =)
sábado, 31 de outubro de 2009
as estrelas.
_ Silêncio! Vamos parar pra ouvir as estrelas...
E só se ouvia a banda de rock tocando CSS ao fundo! No meio da névoa do jardim, barbas, cabelos volumosos e encaracolados, contas, panos coloridos, all stars, grama e cheiro de cerveja. Alguém gargalhou à esquerda! Os musicos dançavam o rock frenéticamente ensaiados; No canto, a mocinha sorria. Alguém começou a tocar Sérgio Sampaio. Todos gargalhavam e acompanhavam o violão. A fumaça tomava conta da roda, das pessoas, dos lábios, da boca, da garganta, da mente. O colorido enchia os olhos e os lugares de cor. Milhões de células cósmicas sentimentais reunidas vibrando ao som do rock anos 60 - quase um milésimo de instante nostálgico na efêmera eternidade do tempo.
Pegou uma seda, despediu, e partiu com a sua solidão insólitamente hilária com o colorido nos olhos. E as estrelas brilhavam forte... lá em cima.
E só se ouvia a banda de rock tocando CSS ao fundo! No meio da névoa do jardim, barbas, cabelos volumosos e encaracolados, contas, panos coloridos, all stars, grama e cheiro de cerveja. Alguém gargalhou à esquerda! Os musicos dançavam o rock frenéticamente ensaiados; No canto, a mocinha sorria. Alguém começou a tocar Sérgio Sampaio. Todos gargalhavam e acompanhavam o violão. A fumaça tomava conta da roda, das pessoas, dos lábios, da boca, da garganta, da mente. O colorido enchia os olhos e os lugares de cor. Milhões de células cósmicas sentimentais reunidas vibrando ao som do rock anos 60 - quase um milésimo de instante nostálgico na efêmera eternidade do tempo.
Pegou uma seda, despediu, e partiu com a sua solidão insólitamente hilária com o colorido nos olhos. E as estrelas brilhavam forte... lá em cima.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
primavera se foi e com ela meu amor...
os ramos de flores róseas já chegaram; voltaram com a espontaneidade cósmica do tempo anunciando a primavera. nesse país tão tropical, fica até difícil de saber quando a temporada das flores chega. mas de fato chegou, trazendo o pré-calor do verão para aquecer os corações desamparados.
as flores que me viram germinar e brotar; que me viram crescer. que brincaram comigo em tantas subições de árvores. ciclos de vida que presenciei e que me presenciaram nessa louca trajetória vital.
os ventos dos bons fluidos se misturam no calor de pré-veraneio; invadem minha casa, meu quarto, meus corredores, meu chão, minhas roupas, meus livros e o meu filtro dos sonhos. sonhos. sonhos que sonhamos acordados ou dormindo, todos os dias. o coração reaquece; as esperanças resurgem; o amor pelas pequenas coisas renasce nos mínimos detalhes. o amor benigno. o amor que tudo quer amar e que nada quer em troca. o amor paciente, que não se ufana; que não arde em ciúme e não se ensoberbece; aquele que não se exaspera e que se regojiza da verdade. amor supremo.
e numa flor, surge a anunciação da primavera; resurge a primavera; resurge o amor...
as flores que me viram germinar e brotar; que me viram crescer. que brincaram comigo em tantas subições de árvores. ciclos de vida que presenciei e que me presenciaram nessa louca trajetória vital.
os ventos dos bons fluidos se misturam no calor de pré-veraneio; invadem minha casa, meu quarto, meus corredores, meu chão, minhas roupas, meus livros e o meu filtro dos sonhos. sonhos. sonhos que sonhamos acordados ou dormindo, todos os dias. o coração reaquece; as esperanças resurgem; o amor pelas pequenas coisas renasce nos mínimos detalhes. o amor benigno. o amor que tudo quer amar e que nada quer em troca. o amor paciente, que não se ufana; que não arde em ciúme e não se ensoberbece; aquele que não se exaspera e que se regojiza da verdade. amor supremo.
e numa flor, surge a anunciação da primavera; resurge a primavera; resurge o amor...
domingo, 18 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
na madrugada...
que mistérios se escondem atrás das trevas? que tipo de segredos pairam no cosmos de um jardim longo e verde, com aquela árvore de flores róseas e colibris e aquela brisa lenta mormaçada com o calor da primavera e gélida como a sensação dos pólos? na noite, eu escrevo. escrevo só e tanto. e pergunto, questiono. que tipo de dúvidas são contrastadas com pixels, cores e cristais líquidos? as óticas das ilusões me pegam em cheio, me beijam a boca e me jogam no chão. me pisam, me maltratam, me amam e me desprezam, numa louca transitoriedade com cheiro de cereja e um quarto tocando o blues. minha cerveja jaz ao meu lado. única companheira nessas noites tão frias e ausentes. única que ainda me faz calor. única que me colore o olhar, que me enche o sorriso, que me cora as faces, que conversa e discute comigo, única.
em algum lugar do mundo, as tartarugas cantam, doces e agudas, calmas e radiantes, motrando-se ali também. mas seu canto é tão alto que me faz não escutar mais a realidade. e desde então vivo de sonho. e já não sei ser mais nada além disso.
em algum lugar do mundo, as tartarugas cantam, doces e agudas, calmas e radiantes, motrando-se ali também. mas seu canto é tão alto que me faz não escutar mais a realidade. e desde então vivo de sonho. e já não sei ser mais nada além disso.
domingo, 11 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
o ritmo dos pingos ao cair no chão...
uma imensidão de pingos prateados a cercava pelo céu da cidade. o cheiro de terra molhada invadia a vida. a rua sempre fria, sempre solitária, a rua sempre. e a chuva caía em seu rosto, prometendo trazer as respostas que ela não conseguia encontrar.
estariam lá em cima, na imensidão, escura agora por aquela capa de trevas? estaria caindo em migalhas com a chuva, pronta para acolher-se em algum lugar e cicatrizar as feridas?
o que é que a chuva promete que nós nunca sabemos o que é...
estariam lá em cima, na imensidão, escura agora por aquela capa de trevas? estaria caindo em migalhas com a chuva, pronta para acolher-se em algum lugar e cicatrizar as feridas?
o que é que a chuva promete que nós nunca sabemos o que é...
terça-feira, 6 de outubro de 2009
o ônibus passou pela ponte.
lá embaixo, o mar refletia o dourado do sol em rajadas de cores azul-prateadas. o vento bagunçava os cabelos e a música ressoava.
ela se aproximou com suas roupas de estampas simplórias. sentou-se na minha frente, nos bancos reversíveis. fitou a minha boa aparência, olhou até com desprezo. seu suor reluzia àquela luz, juntamente com a sua aliança de ouro barato. mas passaram-se dez minutos e ela caía num sono profundo como o dos anjos. seu semblante sofrido, adormecia em plena paz; suas mãos de trabalhadora demonstravam o cansaço e a luta do dia-a-dia. abraçava a bolsa, o pouco que deveria ter, num gesto protetor e acalentador.
comecei a pensar nos caracteres daquela jovem senhora. deveria ter no máximo 35 anos, mas as linhas de expressão já delineavam o rosto. teria filhos? um, dois, três, quatro, nenhum? teria pais ainda? seria casada? teria alguém e algo pra chamar de seu?
há tantas pessoas por aí; tantas mãos como aquelas, que refletiam o suor do trabalho. tantos que trabalham tanto, e que mesmo assim conseguem adormecer com a paz do cansaço celestial do fim de um dia, dentro do ônibus, no meio de tanto barulho e pessoas.
levantei e dei o sinal, era o meu ponto. o dela era bem mais longe. quem sabe numa mansão, num lugar melhor que o meu; quem sabe no fim da linha, onde há um boteco sujo de esquina, uns vira-latas correndo pela rua, um lixão a céu aberto e um barraco cheio, completo de alegria. e lá se foi minha companheira de viagem, dormindo no seu sono angelical com seu suor reluzente.
ela se aproximou com suas roupas de estampas simplórias. sentou-se na minha frente, nos bancos reversíveis. fitou a minha boa aparência, olhou até com desprezo. seu suor reluzia àquela luz, juntamente com a sua aliança de ouro barato. mas passaram-se dez minutos e ela caía num sono profundo como o dos anjos. seu semblante sofrido, adormecia em plena paz; suas mãos de trabalhadora demonstravam o cansaço e a luta do dia-a-dia. abraçava a bolsa, o pouco que deveria ter, num gesto protetor e acalentador.
comecei a pensar nos caracteres daquela jovem senhora. deveria ter no máximo 35 anos, mas as linhas de expressão já delineavam o rosto. teria filhos? um, dois, três, quatro, nenhum? teria pais ainda? seria casada? teria alguém e algo pra chamar de seu?
há tantas pessoas por aí; tantas mãos como aquelas, que refletiam o suor do trabalho. tantos que trabalham tanto, e que mesmo assim conseguem adormecer com a paz do cansaço celestial do fim de um dia, dentro do ônibus, no meio de tanto barulho e pessoas.
levantei e dei o sinal, era o meu ponto. o dela era bem mais longe. quem sabe numa mansão, num lugar melhor que o meu; quem sabe no fim da linha, onde há um boteco sujo de esquina, uns vira-latas correndo pela rua, um lixão a céu aberto e um barraco cheio, completo de alegria. e lá se foi minha companheira de viagem, dormindo no seu sono angelical com seu suor reluzente.
domingo, 4 de outubro de 2009
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
as frases dessa sexta.
hoje anoiteceu
mas o sol esqueceu de ir.
as pessoas deveriam não ter
o direito de viver sem nós.
a cerveja deveria ser
essencial como àgua.
os vestibulares deveriam funcionar
de acordo com a nossa vontade:
todos deveriam passar
e tomar glicose depois
nos hospitais da cidade !
mas o sol esqueceu de ir.
as pessoas deveriam não ter
o direito de viver sem nós.
a cerveja deveria ser
essencial como àgua.
os vestibulares deveriam funcionar
de acordo com a nossa vontade:
todos deveriam passar
e tomar glicose depois
nos hospitais da cidade !
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
15:53;
- os mistérios bem guardados das calçadas emanam pelas ruas. o sol se esconde lá em cima, no imenso infinito cor de clara em neve. as histórias, as lembranças esburram o peito, tomam conta; misturam-se ao vento com as folhas secas; voam pela brisa gélida, melancólica.
uma harpa soa em algum lugar. um bebê sorri. um all star caminha por entre a selva de pedra com uma rosa no peito e uma melodia na mente. na frente, no ouvido da gente. está em todos os lugares do mundo ao mesmo tempo: em beirute e são paulo; em calicute e na palestina; no rio de janeiro, na china... pernas. mãos. beijos e abraços. se procuram, se miram, se escondem, se perdem. se descobrem numa busca sem sentido pelas ruas, avenidas, cidades, carros; na velocidade louca e transitória dessa vida, onde estariam os meus nessa quarta-feira fria?
uma harpa soa em algum lugar. um bebê sorri. um all star caminha por entre a selva de pedra com uma rosa no peito e uma melodia na mente. na frente, no ouvido da gente. está em todos os lugares do mundo ao mesmo tempo: em beirute e são paulo; em calicute e na palestina; no rio de janeiro, na china... pernas. mãos. beijos e abraços. se procuram, se miram, se escondem, se perdem. se descobrem numa busca sem sentido pelas ruas, avenidas, cidades, carros; na velocidade louca e transitória dessa vida, onde estariam os meus nessa quarta-feira fria?
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
alto aqui do sétimo andar...
no sol de quase outubro
na brisa quente
azul e rubro
enrubescem os sentidos.
abro
meu coração aos quatro ventos
abrigo o sol, o mar
a imensidão azul infinita
pra não queimar de amor
cubro.
Raiza C.
na brisa quente
azul e rubro
enrubescem os sentidos.
abro
meu coração aos quatro ventos
abrigo o sol, o mar
a imensidão azul infinita
pra não queimar de amor
cubro.
Raiza C.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
quinta!
- "se você quer alguma coisa na sua vida, vá até lá e pegue".
a felicidade é uma coisa extremamente efêmera e doce. não tem hora, nem lugar pra acontecer. simplesmente brota desses nossos caminhos turvos, dessas nossas decisões confusas e emoções volumosas; não é egoísta. nada cobra além da empatia de senti-la;
e é relativa para cada um... incondicionalmente relativa!
a felicidade é uma coisa extremamente efêmera e doce. não tem hora, nem lugar pra acontecer. simplesmente brota desses nossos caminhos turvos, dessas nossas decisões confusas e emoções volumosas; não é egoísta. nada cobra além da empatia de senti-la;
e é relativa para cada um... incondicionalmente relativa!
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
independência ou morte!
eis que levantou a espada
"independência ou morte!" bradou
e esta é a história fadada
de um povo sofrido
de um urro, gemido
sufocado pela voz de um militar
com disenteria avançada;
eis que o trabalho do povo virou piada!
de resposta ao suor-sofrimento
ao longe ouviu-se a risada
do governo chulo
enxovalhando Canudos
e o Mestre Conselheiro na paulada;
passou café-com-leite,
coronelismo, ditadura,
sai Collor, entra Fernando;
continua Sarney, a Mensalada;
nesse país de miséria
cidadãos cheios de pilhéria
mantém o conto de fada:
o brasileiro faz carnaval
na panela vazia, sem nada.
- Aproveitar o grito de independência pra dançar forró até o sol nascer... =)
"independência ou morte!" bradou
e esta é a história fadada
de um povo sofrido
de um urro, gemido
sufocado pela voz de um militar
com disenteria avançada;
eis que o trabalho do povo virou piada!
de resposta ao suor-sofrimento
ao longe ouviu-se a risada
do governo chulo
enxovalhando Canudos
e o Mestre Conselheiro na paulada;
passou café-com-leite,
coronelismo, ditadura,
sai Collor, entra Fernando;
continua Sarney, a Mensalada;
nesse país de miséria
cidadãos cheios de pilhéria
mantém o conto de fada:
o brasileiro faz carnaval
na panela vazia, sem nada.
- Aproveitar o grito de independência pra dançar forró até o sol nascer... =)
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
crônicas de quarta.. à noite?
ela fitou os próprios pés; o tênis encardido que já embalara tantas e tantas andanças, tantas aventuras... e resolveu escrever essa prosa meia boca.
o sorriso refletindo a luz do sol com um pouco de nicotina, se esforçava pra ser mostrado. todo aquele clima pesado, aquela casa grande e fria de onde saíam gritos e palavrões e tantos outros sentimentos; amor e ódio se confundiam, consumiam suas entranhas como azia.
tomou a xícara em suas mãos. fez menção de tomar aquele líquido mortal e estremeceu: teria coragem? o veneno dos deuses, sem dor, sem cor; morte rápida e súbita, liberdade infinita; desistiu por fim de simular a própria morte com café; abriu a geladeira, tirou uma cerveja, sentou de fronte á tv mais uma vez e ligou no mesmo canal solitário de todos os dias.
- ela queria ir, mas a coragem era pouca; por fim, era apenas uma covarde. e nada mais.
o sorriso refletindo a luz do sol com um pouco de nicotina, se esforçava pra ser mostrado. todo aquele clima pesado, aquela casa grande e fria de onde saíam gritos e palavrões e tantos outros sentimentos; amor e ódio se confundiam, consumiam suas entranhas como azia.
tomou a xícara em suas mãos. fez menção de tomar aquele líquido mortal e estremeceu: teria coragem? o veneno dos deuses, sem dor, sem cor; morte rápida e súbita, liberdade infinita; desistiu por fim de simular a própria morte com café; abriu a geladeira, tirou uma cerveja, sentou de fronte á tv mais uma vez e ligou no mesmo canal solitário de todos os dias.
- ela queria ir, mas a coragem era pouca; por fim, era apenas uma covarde. e nada mais.
sou.
essa tal de raiza
foi feita de um algodão-doce
cor-de-rosa com carmim
que resolveu um dia
ir voando até o céu
bem na hora do pôr-do-sol.
foi feita de um algodão-doce
cor-de-rosa com carmim
que resolveu um dia
ir voando até o céu
bem na hora do pôr-do-sol.
uns suspiros..
em muitos momentos
me diverte pensar
que faço piada de minha própria existência
que faço cordões de contas
da minha própria complacência
sem convalescência
não se deve vagar nesse mundo
atrás de uma vil decência.
ah, doce carência
de perfis personalíticos
sobra de posturas débeis
e de almas inanes.
que condescendência!
atiram-se à morte da vida
e perdem-se no labirinto
da vida efêmera
antes da morte.
me diverte pensar
que faço piada de minha própria existência
que faço cordões de contas
da minha própria complacência
sem convalescência
não se deve vagar nesse mundo
atrás de uma vil decência.
ah, doce carência
de perfis personalíticos
sobra de posturas débeis
e de almas inanes.
que condescendência!
atiram-se à morte da vida
e perdem-se no labirinto
da vida efêmera
antes da morte.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
before i knew...
o cheiro da madrugada se aproxima
com a luz especular nos olhos
e o gosto das cerejas
ah, quantas solidões nos visitam
nessas noites de primavera
onde o mar vem quebrar suas ondas
em nossos corações desamparados;
quantos amores desejamos na calada dos sonhos,
nas frestas das portas,
nas escovas de dentes desgastadas
no ranger de dentes solitários
insistimos em negar ao mundo
"somos felizes" sorrindo
nos acostumamos com tudo
todo esse pouco profundo
todos os restos segundo
tudo o que sobra
tudo o que é.
com a luz especular nos olhos
e o gosto das cerejas
ah, quantas solidões nos visitam
nessas noites de primavera
onde o mar vem quebrar suas ondas
em nossos corações desamparados;
quantos amores desejamos na calada dos sonhos,
nas frestas das portas,
nas escovas de dentes desgastadas
no ranger de dentes solitários
insistimos em negar ao mundo
"somos felizes" sorrindo
nos acostumamos com tudo
todo esse pouco profundo
todos os restos segundo
tudo o que sobra
tudo o que é.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
frio :S
last niiiiite
she said:
oh baby, i feel so down!
oh, and turned me off
when i feel left out
so i, i turned around
oh, baby, i don't care no more
i know this for sure
i'm walking out that door !
@ The Strokes - Last Nite (eu achava que era NIGHT né, mas em todos os sites está NITE!).
she said:
oh baby, i feel so down!
oh, and turned me off
when i feel left out
so i, i turned around
oh, baby, i don't care no more
i know this for sure
i'm walking out that door !
@ The Strokes - Last Nite (eu achava que era NIGHT né, mas em todos os sites está NITE!).
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
em tudo,
a poesia está; nestas palavras desgastadas que eu posto aqui, no cheiro de café no ar de manhãzinha; no latido do cachorro na madrugada; no sorriso do meu sobrinho nas longas tardes de agosto; a poesia está em tudo! está nas minhas madrugadas de insônia no blog; do cheiro de terra que tem quando a chuva cai; está no vento que bate no meu rosto quando eu ando de bicicleta e insiste em dizer que a liberdade existe; está em cada toque, cada sensação;
está no balanço das folhas das àrvores, nas aulas de modernismo na escola; está nas vanguardas, nas músicas, na moda; nas tendências; nas pessoas;
a poesia está no ódio; está no amor; está no cansaço, na melancolia;
a poesia está em cada passo que damos,
em cada ar que respiramos,
em cada gesto que temos,
em cada olho que olhamos,
em cada mão que apertamos,
em cada afeto que consolidamos,
em cada cerveja que tomamos,
em cada amigo que abraçamos,
em cada livro que lemos,
em cada lembrança que lembramos,
e também nas lembranças que fora nós jogamos.
a poesia está em mim! e em você, e no mundo =)
está no balanço das folhas das àrvores, nas aulas de modernismo na escola; está nas vanguardas, nas músicas, na moda; nas tendências; nas pessoas;
a poesia está no ódio; está no amor; está no cansaço, na melancolia;
a poesia está em cada passo que damos,
em cada ar que respiramos,
em cada gesto que temos,
em cada olho que olhamos,
em cada mão que apertamos,
em cada afeto que consolidamos,
em cada cerveja que tomamos,
em cada amigo que abraçamos,
em cada livro que lemos,
em cada lembrança que lembramos,
e também nas lembranças que fora nós jogamos.
a poesia está em mim! e em você, e no mundo =)
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
go'way from..
my window!
leave at your own chosen speed.
i'm not the one you want, babe,
i'm not the one you need.
you say you're lookin' for someone
never weak but always strong,
to protect you an' defend you
whether you are right or wrong,
someone to open each and every door,
but it ain't me, babe,
tt ain't me you're lookin' for, babe...
@ It ain't me babe - Bob Dylan.
leave at your own chosen speed.
i'm not the one you want, babe,
i'm not the one you need.
you say you're lookin' for someone
never weak but always strong,
to protect you an' defend you
whether you are right or wrong,
someone to open each and every door,
but it ain't me, babe,
tt ain't me you're lookin' for, babe...
@ It ain't me babe - Bob Dylan.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
a lua, hoje..
hoje a lua assiste
à morte
das coisas
que ainda não alcancei.
e da neblina gélida,
meu anseio triste,
se perde no tempo
da penosa lida,
dos sonhos que não sonhei.
foram tantas as cervejas,
e nos bares não encontrei;
a felicidade exorbitante,
a alegria contagiante
que nos seus braços
eu achei.
nos quilômetros distantes
meus versos se perdem
no vento do que deixei;
o passado que retorna,
o espírito revisita,
todos os que me amaram,
todos que já amei.
(Raiza C.)
à morte
das coisas
que ainda não alcancei.
e da neblina gélida,
meu anseio triste,
se perde no tempo
da penosa lida,
dos sonhos que não sonhei.
foram tantas as cervejas,
e nos bares não encontrei;
a felicidade exorbitante,
a alegria contagiante
que nos seus braços
eu achei.
nos quilômetros distantes
meus versos se perdem
no vento do que deixei;
o passado que retorna,
o espírito revisita,
todos os que me amaram,
todos que já amei.
(Raiza C.)
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
um blues?
depois de tudo
eu estou onde mais queria estar
no poço sem fundo
no fundo do poço
quase sem ar
a vida não é fácil, garoto
quando menos se espera
ela vem sorrateira
e no silêncio da noite
nos derruba com rasteira
quantos planos fizemos
tantos sonhos perdidos
no cósmico tempo/espaço
é incrivel como isso
cabe no milésimo do abraço
para cantar um blues
é preciso uma dor
um espírito de negro
um alcoolico ardor
a fulgaz espuma
da boemia
e a velha melancolia
sofrimento em primazia.
- Raiza Carneiro.
eu estou onde mais queria estar
no poço sem fundo
no fundo do poço
quase sem ar
a vida não é fácil, garoto
quando menos se espera
ela vem sorrateira
e no silêncio da noite
nos derruba com rasteira
quantos planos fizemos
tantos sonhos perdidos
no cósmico tempo/espaço
é incrivel como isso
cabe no milésimo do abraço
para cantar um blues
é preciso uma dor
um espírito de negro
um alcoolico ardor
a fulgaz espuma
da boemia
e a velha melancolia
sofrimento em primazia.
- Raiza Carneiro.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
o vento.
o vento
lento
sonolento
sacode
sutilmente
as folhas
nas ruas
as luas
as suas.
soa
sonoramente
soltando
sua semente
as folhas
nas suas
as luas
as minhas
as suas.
(Raiza C.)
lento
sonolento
sacode
sutilmente
as folhas
nas ruas
as luas
as suas.
soa
sonoramente
soltando
sua semente
as folhas
nas suas
as luas
as minhas
as suas.
(Raiza C.)
avesso.
o avesso do oposto
o cansaço da fadiga
o sono da sonolência;
a preguiça do conforto
o sorriso da risada
a vírgula da reticência;
a dúvida do exceto
o caminho da estrada
o oposto da indolência.
o sarcasmo da ironia
a sociedade hipocrisia
o mundo renuncia
a piada democracia.
(Raiza C.)
o cansaço da fadiga
o sono da sonolência;
a preguiça do conforto
o sorriso da risada
a vírgula da reticência;
a dúvida do exceto
o caminho da estrada
o oposto da indolência.
o sarcasmo da ironia
a sociedade hipocrisia
o mundo renuncia
a piada democracia.
(Raiza C.)
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
des canso.
acontece que me canso de ser eu.
me canso de ouvir falatórios em vão
e de ver as pessoas darem o mesmo sermão
sobre minha própria vida.
acontece que me canso do chão,
dos meus sapatos e minhas roupas.
da minha casa e da minha cidade.
de ser bandida.
acontece que me canso.
de tudo.
de todos.
do mundo.
acontece que cansei
de viver em sociedade
de pregar a pluralidade
e que de tanto me cansar
descanso.
acontece que cansei de acostumar
mas que de tanto já
acostumo novamente.
acontece que cansei de obedecer.
que cansei de procurar em bebidas
a filosofia da existência.
acontece que cansei de acontecer.
acontece
que cansei de procurar em pessoas
uma chave pra vivência.
acontece que me canso
daqui
dalí
disso aqui.
e de tanto me cansar
des canso.
(Raiza. C)
me canso de ouvir falatórios em vão
e de ver as pessoas darem o mesmo sermão
sobre minha própria vida.
acontece que me canso do chão,
dos meus sapatos e minhas roupas.
da minha casa e da minha cidade.
de ser bandida.
acontece que me canso.
de tudo.
de todos.
do mundo.
acontece que cansei
de viver em sociedade
de pregar a pluralidade
e que de tanto me cansar
descanso.
acontece que cansei de acostumar
mas que de tanto já
acostumo novamente.
acontece que cansei de obedecer.
que cansei de procurar em bebidas
a filosofia da existência.
acontece que cansei de acontecer.
acontece
que cansei de procurar em pessoas
uma chave pra vivência.
acontece que me canso
daqui
dalí
disso aqui.
e de tanto me cansar
des canso.
(Raiza. C)
quinta-feira, 30 de julho de 2009
viajante.
diluir-se
no ar
matéria
errante, errar
idéia
erro
social
conhecer
faz o bem
ou faz o mal,
viver?
viajante
dançante
estrada
amante
poeira
errante
e eu
no mundo
sem cara
sem grana
sem fundo.
no ar
matéria
errante, errar
idéia
erro
social
conhecer
faz o bem
ou faz o mal,
viver?
viajante
dançante
estrada
amante
poeira
errante
e eu
no mundo
sem cara
sem grana
sem fundo.
sábado, 25 de julho de 2009
e eu...
já não me reconheço mais.
de quem são essas roupas de gente grande?
com brilhos, lantejoulas e detalhes demais
já não me reconheço entre as pessoas
rezei em muitas catedrais;
já quebrei muitos vitrais;
e apenas descobri
que a vida tem muitos canais.
de quem são essas roupas de gente grande?
com brilhos, lantejoulas e detalhes demais
já não me reconheço entre as pessoas
rezei em muitas catedrais;
já quebrei muitos vitrais;
e apenas descobri
que a vida tem muitos canais.
terça-feira, 21 de julho de 2009
sábado, 18 de julho de 2009
maramar.
e o mar me olhou
e olhei o mar
mar solidão impossível
nessa selva de amar.
e o mar olhou pra mim
e não aprendi amar
esse amor sem fim
mar, mim, mar.
- é, as vezes é difícil entender essas coisas que sentimos; que saem não sei da onde e vem nos atormentar não sei porque.
e olhei o mar
mar solidão impossível
nessa selva de amar.
e o mar olhou pra mim
e não aprendi amar
esse amor sem fim
mar, mim, mar.
- é, as vezes é difícil entender essas coisas que sentimos; que saem não sei da onde e vem nos atormentar não sei porque.
domingo, 12 de julho de 2009
pois é!
pois é, não deu! deixa assim como está, sereno.
pois é de Deus tudo aquilo que não se pode ver.
e ao amanhã a gente não diz.
e ao coração que teima em bater,
avisa que é de se entregar o viver.
pois é, até onde o destino não previu.
sem mais, atrás, vou até onde eu conseguir.
deixa o amanhã e a gente sorrir!
que o coração já quer descansar..
clareia minha vida, amor, no olhar.
pois é de Deus tudo aquilo que não se pode ver.
e ao amanhã a gente não diz.
e ao coração que teima em bater,
avisa que é de se entregar o viver.
pois é, até onde o destino não previu.
sem mais, atrás, vou até onde eu conseguir.
deixa o amanhã e a gente sorrir!
que o coração já quer descansar..
clareia minha vida, amor, no olhar.
sexta-feira, 10 de julho de 2009
resumo de sexta!
três garrafas de cerveja, alguns amigos, umas discussões intelectuais que não levam a lugar nenhum e a terrível sensação de ter um simulado no sábado de manhã ! ¬¬
quarta-feira, 8 de julho de 2009
e aí?
o que te impede? de voar, de viver? qual barreira é tão terrivelmente grande que nos impede de transpor as dificuldades, de driblar as tormentas...?
onde começa e até onde vai os limites do ser humano?
até onde nós vamos...? será que o esforço pra fazer o bem vai além? será que nós realmente fazemos o máximo, chegamos na fronteira do 'não posso mais'.. até nos convencermos de que o amor e a compaixão é maior do que isso tudo?
e quanto mais penso nisso, mais percebo que somos um grão de areia no deserto.
e que não sabemos nada, embora a gente insista a ostentar cada dia mais e mais esse título de seres dotados de inteligência.
[inteligência essa empregada para tantos outros meios que não os necessários].
onde começa e até onde vai os limites do ser humano?
até onde nós vamos...? será que o esforço pra fazer o bem vai além? será que nós realmente fazemos o máximo, chegamos na fronteira do 'não posso mais'.. até nos convencermos de que o amor e a compaixão é maior do que isso tudo?
e quanto mais penso nisso, mais percebo que somos um grão de areia no deserto.
e que não sabemos nada, embora a gente insista a ostentar cada dia mais e mais esse título de seres dotados de inteligência.
[inteligência essa empregada para tantos outros meios que não os necessários].
terça-feira, 7 de julho de 2009
sobre isso, e aquilo...
não.
me recuso a aceitar que a realidade é composta de dor, que o amor é feito dela; me recuso a não receber um bom-dia quando entro no ônibus; me recuso a não ver o sol nascer e a não olhar a lua cheia num dia como hoje. eu me recuso a ser mais um humanóide que vive no mundo sem saber viver. que não aproveita a luz do dia, a luz da noite, que não aproveita.
me recuso a aceitar cada decepção como verdade.. e a torná-las verdade pra mim.
porque por mais preta e branca que esteja a vida... é preciso muito AMOR pra se fazer colorido o nosso arco-íris... e além disso: PERDER A TERNURA, JAMAIS!
me recuso a aceitar que a realidade é composta de dor, que o amor é feito dela; me recuso a não receber um bom-dia quando entro no ônibus; me recuso a não ver o sol nascer e a não olhar a lua cheia num dia como hoje. eu me recuso a ser mais um humanóide que vive no mundo sem saber viver. que não aproveita a luz do dia, a luz da noite, que não aproveita.
me recuso a aceitar cada decepção como verdade.. e a torná-las verdade pra mim.
porque por mais preta e branca que esteja a vida... é preciso muito AMOR pra se fazer colorido o nosso arco-íris... e além disso: PERDER A TERNURA, JAMAIS!
sábado, 4 de julho de 2009
a gente se acostuma.
...mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(Marina Colasanti).
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
(Marina Colasanti).
quarta-feira, 1 de julho de 2009
vejo flores em você.
- all star no pedal e eu mergulho no vento estrelado das 22:40h. aquela sensação linda de liberdade, do pássaro que voa baixo, quase tocando o chão. o brisa gelada cortando o rosto e o vôo... um passo para chegar no céu, um segundo pro paraíso coloridamente infindável. as ruas vazias de gente deixam o caminho livre... pra mim e pras minhas lembranças. doces lembranças que chegam em ondas. maremotos nada pacíficos, balançando as ilhas que nos cercam, os sentimentos que nos rodeiam. os sorrisos que se escondem atrás dos cotidianos.
aaaaaaah como são lindas e maravilhosas as sensações da vida! dançam empolgadas numa valsa de flores e amores, misturadas com cheiro de incenso âmbar e gosto de cerveja gelada descendo na garganta envolvida por cachecóis; essas astutas!, nos gelam as mãos que permanecem dadas à outras mãos... mas esquentam, cada dia mais e mais, os nossos corações.
aaaaaaah como são lindas e maravilhosas as sensações da vida! dançam empolgadas numa valsa de flores e amores, misturadas com cheiro de incenso âmbar e gosto de cerveja gelada descendo na garganta envolvida por cachecóis; essas astutas!, nos gelam as mãos que permanecem dadas à outras mãos... mas esquentam, cada dia mais e mais, os nossos corações.
segunda-feira, 29 de junho de 2009
lárará...
a brisa gélida e agradável cortava
o rosto, os cabelos ao vento, procuravam a direção
norte? sul! era o sul... lindo
sul de praias de areia fina,
de duas ilhas, na frente,
dos dois irmãos.
num transporte que fala
das ruas contra
mãos que se afagam
e que se agarram em
laços que não se desfazem.
amor, calor.
sorriso e dança.
e mais uma vez,
era criança.
o rosto, os cabelos ao vento, procuravam a direção
norte? sul! era o sul... lindo
sul de praias de areia fina,
de duas ilhas, na frente,
dos dois irmãos.
num transporte que fala
das ruas contra
mãos que se afagam
e que se agarram em
laços que não se desfazem.
amor, calor.
sorriso e dança.
e mais uma vez,
era criança.
sábado, 27 de junho de 2009
tarde vazia.
a mala cheia de recordações, aberta no canto do quarto, mostra inconscientemente o saudosismo: eu queria ter ficado.
todos os livros, em que estou na metade, apontam pra um final no qual ainda não cheguei.
fotos e sorrisos se misturam com uma janela indiscreta que eu insisto em deixar fechada: os bons ventos não entram, os antigos não saem.
as matérias acumuladas mostram a relutância em aceitar este momento, presente que desejava ainda ser passado.
e o futuro, tão longínquo, acena pra mim. só não sei se é saudação ou adeus.
todos os livros, em que estou na metade, apontam pra um final no qual ainda não cheguei.
fotos e sorrisos se misturam com uma janela indiscreta que eu insisto em deixar fechada: os bons ventos não entram, os antigos não saem.
as matérias acumuladas mostram a relutância em aceitar este momento, presente que desejava ainda ser passado.
e o futuro, tão longínquo, acena pra mim. só não sei se é saudação ou adeus.
domingo, 7 de junho de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
trágico e belo.
"... O individuo trágico, é belo.
Ele se alimenta da sociedade caótica.
A morte escapa a dor que a loucura ofusca pelos olhos.
Céu e inferno são invenções do homem antigo que necessita de julgamentos para justificar a existência. Vivem no purgatório.
Vivo no inconsciente pois minha consciência já foi corrompida.
Sou Baco, sou Apolo, sou pássaro, sou cobra.
Transcendências me queimam a alma. Saem lavas incontroláveis.
Quando esfria, viro uma esfinge negra olhando o horizonte cheio de ilusões."
- by pretinho.
Ele se alimenta da sociedade caótica.
A morte escapa a dor que a loucura ofusca pelos olhos.
Céu e inferno são invenções do homem antigo que necessita de julgamentos para justificar a existência. Vivem no purgatório.
Vivo no inconsciente pois minha consciência já foi corrompida.
Sou Baco, sou Apolo, sou pássaro, sou cobra.
Transcendências me queimam a alma. Saem lavas incontroláveis.
Quando esfria, viro uma esfinge negra olhando o horizonte cheio de ilusões."
- by pretinho.
terça-feira, 2 de junho de 2009
!
resultados escolares péssimos, fadiga emocional e corporal aliada à falta de paitrocínio. e o governo ainda quer mudar o vestibular ¬¬
sábado, 30 de maio de 2009
juventude.
aaaaaaah juventude! juventude linda, pura, material e abstrata. juventude forte, louca, volatizada. juventude paradisíaca, alucinada, obstinada. juventude tudo. juventude nada. juentude extrema.
juventude esquerdista. juventude cósmica. juventude estroboscópica. juventude mágica.
juventude bucólica. juventude barroca. juventude romântica. juventude realista. juventude moderna. juventude quântica. eletromagnética. juventude natural.
- juventude livre num lugar com efervescência cultural. músicas. cheiros. cores. amores. sorrisos. o calor e o frio. e tudo de melhor que os raios da aurora possam oferecer.
juventude esquerdista. juventude cósmica. juventude estroboscópica. juventude mágica.
juventude bucólica. juventude barroca. juventude romântica. juventude realista. juventude moderna. juventude quântica. eletromagnética. juventude natural.
- juventude livre num lugar com efervescência cultural. músicas. cheiros. cores. amores. sorrisos. o calor e o frio. e tudo de melhor que os raios da aurora possam oferecer.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
um saco ¬¬
um pacote de biscoito de polvilho, um café mal feito e amargo e a terrível sensação de não conseguir resolver os exercícios de física III.
brilha.
o primeiro raio de sol mal bateu na janela orvalhada e ela já se levantara. fitou a parede, cheia de recordações. viu o óculos e o huxley jogado logo ali do lado e agradeceu. não importa a quem, mas agradeceu. abriu a janela e sentiu o doce ar gélido da manhã ensolarada, terrivelmente calmo; terrivelmente alvo e sensível; terrivelmente colorido e essencial. observou os passarinhos numa linda dança no céu. como, no meio de uma cidade daquele tamanho, poderiam viver em tão perfeita harmonia? observou a lagarta que pendia num casulo numa folha da árvore da frente. como, no meio de uma cidade daquele tamanho, poderiam viver em tão perfeita harmonia? observou as formigas, andando sempre naquela linha interminável de obediência. pareciam até que eram fiscalizadas. como, no meio de uma cidade daquele tamanho, poderiam viver em tão perfeita harmonia? e viu o céu límpido, o sol reluzente, algumas nuvens ao fundo; e viu fotos, amigos, bebidas, sorrisos, afeto, mar, e terra e chão; e amor e tristeza; e sabor e cheiro; todos eles inconfundivelmente misturados no caos sensível. e se deu conta: como, no meio de uma cidade daquele tamanho, poderia viver em tão perfeita harmonia?
- e logo encontrou a resposta: é a natureza... ela sempre dá um jeito pra desabrochar em flor.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
sou.
eu queria ter nascido à tempo de ir a Woodstock. de ver o lançamento dos vinis dos Beatles e de ouvir Janis Joplin tocando no rádio. queria ter sido americana na época que Kerouac tinha 20 e poucos anos, viajando com ele pelas estradas underground do Oeste, driblando o american way of life. de ouvir Bessie Smith tocando nas periferias longas do norte, enquanto mães negras se penduravam nas janelas pra olhar suas lindas crianças a descobrir o mundo. eu queria ter participado da Revolução Francesa, só pra poder gritar "liberté, egalité e fraternité!" no idioma francês e ver a Bastilha cair juntamente com Luís XVI. eu queria ter participado dos sagrados rituais dos Incas e de ter vivido em Machu Picchu, sentindo aquele ar rarefeito dos Andes.
eu queria ter nascido em Goa, onde a música eletrônica primitiva ainda ecoa em psicodélicas batidas hippie-contra-culturais-indianas. eu queria ter colocado combustível na La Poderosa, só pra ver o Chê rodar pelas estradas da América Latina desejando um futuro melhor para o seu povo. queria poder ter 18 anos em 1929, só pra rir da quebra das bolsas mundiais. queria te aprendido com Simone de Beauvoir como fazer com que o feminismo não seja banalizado por peruas inconsequentes. eu queria ter ido a um show do Robert Nesta e entraria em êxtase escutando ele cantar "don't worry about a thing cause every little thing is gonna be alright".
eu queria ter aberto as portas da minha percepção com Huxley e de me surpreender a cada dia com esse Admirável Mundo Novo. eu estou esperando até hoje chegar a minha carta de Hogwarts, mas se ela não chegar vou processar seriamente a J. K. Rowling por propaganda enganosa! eu queria mesmo é ser brasileira como sou, sentir as àguas quentes do Atlântico numa linda dança das areias finas do nordeste e os mares de morros de onde nasci. Comer Moqueca Capixaba dia de domingo ao som do Congo, ouvindo as velhas lendas de Maria Ortiz. Passar carnaval em Regência 50 vezes e virar o ano nas Dunas de Itaúnas dançando forró pé-de-serra com meus amigos, loucos amigos! Viajar pro Rio de Janeiro e dançar embaixo dos arcos da Lapa, enquanto o Bondinho de Santa Tereza passa por cima de mim. Cair na night de São Paulo e dps me juntar ao MSTC por uma causa realmente nobre: a justiça social. Ouvir Los Hermanos e me orgulhar da música brasileira; flertar com tio Chico Buarque e discutir com Gabeira os prós e contras da legalização da maconha e do aborto; dizer pros Engenheiros do Hawaii que concordo com muitas músicas deles e jogar fora toda essa alienação lixo que circula pela mídia.
eu queria ter nascido em 1960 pra morrer pela ditadura. Pra ter uma Kombi 64. Pra ser exilada na URSS junto com Luís Carlos Prestes, ouvindo ele me contar como Olga era bonita.
eu queria ligar a tv e assistir Elis cantando com Jobim e não essa violência absurda que nos atinge todos os dias através dos noticiários. e também queria ser terrorista nessas horas pra jogar uma bomba de anti-matéria no Senado e mostrar pros brasileiros que o real perigo não está nas favelas e sim em Brasília. fazer com que as pessoas entendam que a violência é o preço que se paga pela injustiça social e a má distribuição de renda no nosso país.
queria morrer com Marx só pra ver qual a opinião atual dele sobre o mundo, onde quer que ele esteja. queria poder ter um poder incondicionalmente grande pra trazer paz no Oriente. e não só no Oriente. queria ressuscitar Hitler e fazê-lo pagar por todos os crimes cometidos.
eu queria ter vivido entre os marginais da poesia, tomando cerveja com Leminski e rindo muito com Waly Salomão. Ter ouvido os Tropicalistas tocando violão pioneiramente, sentados em volta de uma mesa de centro num apê qualquer. Queria ter falado pra Rimbaud tirar da cabeça essa idéia de virar padre. e cantar pra Nieztche "ter fé e ver coragem no amor" quando as esperanças dele foram-se embora com Lou Andréas-Salomé. Queria ter visitado Oscar Wilde na prisão.
Eu queria realmente poder mostrar, demonstrar, fazer sentir a todos que já conheci e não conheci o quanto todos nós podemos amar uns aos outros; o quanto podemos ser úteis pra sociedade se deixarmos o ego de lado; o quanto o nosso planeta precisa de nós, não pra destruir, mas pra RE-construir. o quanto precisamos e necessitamos mais e mais de amor, humildade e compaixão a cada dia. o quanto o mundo está sedento de sentimentos nobres que não querem nada mais que dar e receber. RE-construir conceitos, libertar a mente, deixar fluir o positivo. Se libertar da escravidão mental que nos cerca a todo momento, nos impedindo de avançar espiritualmente.
eu queria ser outra pessoa, eu mesma, com todos prós e contras. e poses e apelos e defeitos e qualidades. e desejos e loucuras. e sair do sério, ser santa, louca, pomba-gira e padre. e mostrar pra todo munto o quanto la vie est belle.
eu queria ter nascido em Goa, onde a música eletrônica primitiva ainda ecoa em psicodélicas batidas hippie-contra-culturais-indianas. eu queria ter colocado combustível na La Poderosa, só pra ver o Chê rodar pelas estradas da América Latina desejando um futuro melhor para o seu povo. queria poder ter 18 anos em 1929, só pra rir da quebra das bolsas mundiais. queria te aprendido com Simone de Beauvoir como fazer com que o feminismo não seja banalizado por peruas inconsequentes. eu queria ter ido a um show do Robert Nesta e entraria em êxtase escutando ele cantar "don't worry about a thing cause every little thing is gonna be alright".
eu queria ter aberto as portas da minha percepção com Huxley e de me surpreender a cada dia com esse Admirável Mundo Novo. eu estou esperando até hoje chegar a minha carta de Hogwarts, mas se ela não chegar vou processar seriamente a J. K. Rowling por propaganda enganosa! eu queria mesmo é ser brasileira como sou, sentir as àguas quentes do Atlântico numa linda dança das areias finas do nordeste e os mares de morros de onde nasci. Comer Moqueca Capixaba dia de domingo ao som do Congo, ouvindo as velhas lendas de Maria Ortiz. Passar carnaval em Regência 50 vezes e virar o ano nas Dunas de Itaúnas dançando forró pé-de-serra com meus amigos, loucos amigos! Viajar pro Rio de Janeiro e dançar embaixo dos arcos da Lapa, enquanto o Bondinho de Santa Tereza passa por cima de mim. Cair na night de São Paulo e dps me juntar ao MSTC por uma causa realmente nobre: a justiça social. Ouvir Los Hermanos e me orgulhar da música brasileira; flertar com tio Chico Buarque e discutir com Gabeira os prós e contras da legalização da maconha e do aborto; dizer pros Engenheiros do Hawaii que concordo com muitas músicas deles e jogar fora toda essa alienação lixo que circula pela mídia.
eu queria ter nascido em 1960 pra morrer pela ditadura. Pra ter uma Kombi 64. Pra ser exilada na URSS junto com Luís Carlos Prestes, ouvindo ele me contar como Olga era bonita.
eu queria ligar a tv e assistir Elis cantando com Jobim e não essa violência absurda que nos atinge todos os dias através dos noticiários. e também queria ser terrorista nessas horas pra jogar uma bomba de anti-matéria no Senado e mostrar pros brasileiros que o real perigo não está nas favelas e sim em Brasília. fazer com que as pessoas entendam que a violência é o preço que se paga pela injustiça social e a má distribuição de renda no nosso país.
queria morrer com Marx só pra ver qual a opinião atual dele sobre o mundo, onde quer que ele esteja. queria poder ter um poder incondicionalmente grande pra trazer paz no Oriente. e não só no Oriente. queria ressuscitar Hitler e fazê-lo pagar por todos os crimes cometidos.
eu queria ter vivido entre os marginais da poesia, tomando cerveja com Leminski e rindo muito com Waly Salomão. Ter ouvido os Tropicalistas tocando violão pioneiramente, sentados em volta de uma mesa de centro num apê qualquer. Queria ter falado pra Rimbaud tirar da cabeça essa idéia de virar padre. e cantar pra Nieztche "ter fé e ver coragem no amor" quando as esperanças dele foram-se embora com Lou Andréas-Salomé. Queria ter visitado Oscar Wilde na prisão.
Eu queria realmente poder mostrar, demonstrar, fazer sentir a todos que já conheci e não conheci o quanto todos nós podemos amar uns aos outros; o quanto podemos ser úteis pra sociedade se deixarmos o ego de lado; o quanto o nosso planeta precisa de nós, não pra destruir, mas pra RE-construir. o quanto precisamos e necessitamos mais e mais de amor, humildade e compaixão a cada dia. o quanto o mundo está sedento de sentimentos nobres que não querem nada mais que dar e receber. RE-construir conceitos, libertar a mente, deixar fluir o positivo. Se libertar da escravidão mental que nos cerca a todo momento, nos impedindo de avançar espiritualmente.
eu queria ser outra pessoa, eu mesma, com todos prós e contras. e poses e apelos e defeitos e qualidades. e desejos e loucuras. e sair do sério, ser santa, louca, pomba-gira e padre. e mostrar pra todo munto o quanto la vie est belle.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
dorme ruazinha.
Mário Quintana
Dorme ruazinha… É tudo escuro…
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranqüilos…
Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro…
Nem guardas para acaso perseguí-los…
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos…
O vento está dormindo na calçada,
O vento enovelou-se como um cão…
Dorme, ruazinha… Não há nada…
Só os meus passos… Mas tão leves são,
Que até parecem, pela madrugada,
Os da minha futura assombração…
quinta-feira, 2 de abril de 2009
um coelho.
O coelho Tuelho era um pacato cidadão da Terra do Pra Sempre e Sempre. Pagava em dia todos os impostos, jogava seu lixo orgânico na coleta seletiva e obedecia fielmente a todas imendas constitucionais que o Rei Leão impunha.
Tuelho trabalhava feito uma formiga e corria mais que a lebre pra sustentar seus 150 filhos e dividir um pouco do seu tempo com sua coelhada.
E quando ele chegava em casa, apesar de todas as dificuldades, dava pra se divertir um pouco assistindo a reprise do Big Rabbit na TV Globalienoelho.
Mas o Tuelho sempre andava preocupado em como sustentar sua coelhada. Sem querer se desfazer do seu pedaço de chão ou da sua Toca Duplex, passava noites maquinando como poderia viver com mais qualidade de vida, cenouras fartas, pré-natal coelhístico e direitos decentes.
Foi quando ele percebeu que as Raposas que trabalhavam na Colina dos Ministérios e no Senado Federal da Terra do Pra Sempre e Sempre eram, na realidade, sangue-sugas dos moradores da Terra do Pra Sempre e Sempre; e percebeu que aquilo nunca iria mudar, afinal, tudo na Terra do Pra Sempre e Sempre era PRA SEMPRE!
A Srª. Tuelha começou a reclamar da vida e o pobre do Sr. Tuelho que dava das cenouras o coração para sustentar sua família, já não sabia mais o que fazer.
Foi quando o Sr. Tuelho se revoltou: Aparou o bigode, fez cabelo black power, colocou alargador, começou a frequentar festas raves, levou seus filhos pra ver o show do Rabbit Marley (que inclusive, eles adoraram), deu um matinho pra Srª. Tuelha relaxar, se formou (ironicamente) na Faculdade Federal da Província Tuelândia em Engenharia da Cenoura, ficou rico e passou a não dar a mínima pro Estado Soberano da Terra do Pra Sempre e Sempre.
Não sei porque, mas acho que já li essa história em algum lugar!
Tuelho trabalhava feito uma formiga e corria mais que a lebre pra sustentar seus 150 filhos e dividir um pouco do seu tempo com sua coelhada.
E quando ele chegava em casa, apesar de todas as dificuldades, dava pra se divertir um pouco assistindo a reprise do Big Rabbit na TV Globalienoelho.
Mas o Tuelho sempre andava preocupado em como sustentar sua coelhada. Sem querer se desfazer do seu pedaço de chão ou da sua Toca Duplex, passava noites maquinando como poderia viver com mais qualidade de vida, cenouras fartas, pré-natal coelhístico e direitos decentes.
Foi quando ele percebeu que as Raposas que trabalhavam na Colina dos Ministérios e no Senado Federal da Terra do Pra Sempre e Sempre eram, na realidade, sangue-sugas dos moradores da Terra do Pra Sempre e Sempre; e percebeu que aquilo nunca iria mudar, afinal, tudo na Terra do Pra Sempre e Sempre era PRA SEMPRE!
A Srª. Tuelha começou a reclamar da vida e o pobre do Sr. Tuelho que dava das cenouras o coração para sustentar sua família, já não sabia mais o que fazer.
Foi quando o Sr. Tuelho se revoltou: Aparou o bigode, fez cabelo black power, colocou alargador, começou a frequentar festas raves, levou seus filhos pra ver o show do Rabbit Marley (que inclusive, eles adoraram), deu um matinho pra Srª. Tuelha relaxar, se formou (ironicamente) na Faculdade Federal da Província Tuelândia em Engenharia da Cenoura, ficou rico e passou a não dar a mínima pro Estado Soberano da Terra do Pra Sempre e Sempre.
Não sei porque, mas acho que já li essa história em algum lugar!
sexta-feira, 20 de março de 2009
chega.
eu não aguento mais amar e não ser amada.
eu não aguento mais viver nessa cidade.
eu não aguento mais a indiferença das pessoas.
eu não aguento mais falta do que fazer.
eu não aguento mais gente invejosa.
eu não aguento mais hipocrisia.
eu não aguento mais ser usada como degrau.
eu não aguento mais falta de compaixão.
eu não aguento mais ser boazinha.
_
eu que não amo você.
envelheci dez anos ou mais no último mês.
• Engenheiros.
eu não aguento mais viver nessa cidade.
eu não aguento mais a indiferença das pessoas.
eu não aguento mais falta do que fazer.
eu não aguento mais gente invejosa.
eu não aguento mais hipocrisia.
eu não aguento mais ser usada como degrau.
eu não aguento mais falta de compaixão.
eu não aguento mais ser boazinha.
_
eu que não amo você.
envelheci dez anos ou mais no último mês.
• Engenheiros.
quinta-feira, 19 de março de 2009
passeando.
e lá vai Deus
sem sequer saber de nós.
saibamos pois,
estamos sós.
_
estou cansado de bater e ninguém abrir...
e então? a culpa é de quem ?
Passeando - Marcelo Camelo/ Quase sem querer - Renato Russo.
sem sequer saber de nós.
saibamos pois,
estamos sós.
_
estou cansado de bater e ninguém abrir...
e então? a culpa é de quem ?
Passeando - Marcelo Camelo/ Quase sem querer - Renato Russo.
quarta-feira, 18 de março de 2009
e agora?
eu não vejo mais graça nas minhas fotos. o meu coelho de pelúcia tá encardido devido ao tempo. eu já não tenho mais medo do papai noel como naquela foto. minha escrita melhorou bastante nesses últimos anos e eu não uso mais caderno de caligrafia. também aprendi a andar de bicicleta e, principalmente, a como andar sem ela. o meu príncipe não é nada parecido com aquela coisa de cavalo branco e armadura; aliás, no conto de fadas real da minha vida ele não fica com a princesa.
meu incenso parou de queimar. já sei as faixas de todos aqueles cds. todos os livros da estante já foram lidos. ainda não aprendi a não perder as coisas, principalmente a não perder a conta dos meus sentimentos. depois de ler 'O mundo de Sofia' três vezes ainda me sinto como ela no final da história - fora da página, à margem da história. eu ainda calço o mesmo número de dois anos atrás mas o meu rosto reflete o desgaste de todas as mudanças para compensar tudo que eu não cresci, tudo que não vivi.
tenho deixado de ler quadrinhos pra ler kerouac, leminski ou para ler... quadrinhos.
a árvore da rua com sementinhas que estoram debaixo do meu pé foi cortada. o sol agora reflete toda a luz que ela absorvia, transformando a minha rua em uma rua qualquer.
aprendi a fazer artesanato hippie e meus amigos têm me abandonado com certa frequência pra morar em outros lugares... mas um terço deles ainda me ligam - o que me deixa feliz e satisfeita levando em consideração a situação do mundo hoje.
o meu sorriso reflete a frustração de uma procura intensa pelo que eu ainda não descobri.
e ainda não descobri como me dividir em pedaços e me entregar um pra cada um dos meus amigos de outros estados.
me perco nos segundos, nas horas, nos dias, na semana, nos sonhos, no meu bairro.
eu ainda gosto de cristais e de ler meu mapa astral sempre pra poder lembrar do meu carma.
mas eu não fico mais satisfeita com as respostas que eu tenho e com os diversos 'porque sim' e 'porque não' que a vida têm me dado.
o mar daqui é bom. o mar de lá é melhor ainda. o mar de lá com ele é lindo. o mar daqui sem ele não é mar. é má.
eu to cansada de abaixar pra amarrar o tênis e deixar minha vida cair no chão.
meu incenso parou de queimar. já sei as faixas de todos aqueles cds. todos os livros da estante já foram lidos. ainda não aprendi a não perder as coisas, principalmente a não perder a conta dos meus sentimentos. depois de ler 'O mundo de Sofia' três vezes ainda me sinto como ela no final da história - fora da página, à margem da história. eu ainda calço o mesmo número de dois anos atrás mas o meu rosto reflete o desgaste de todas as mudanças para compensar tudo que eu não cresci, tudo que não vivi.
tenho deixado de ler quadrinhos pra ler kerouac, leminski ou para ler... quadrinhos.
a árvore da rua com sementinhas que estoram debaixo do meu pé foi cortada. o sol agora reflete toda a luz que ela absorvia, transformando a minha rua em uma rua qualquer.
aprendi a fazer artesanato hippie e meus amigos têm me abandonado com certa frequência pra morar em outros lugares... mas um terço deles ainda me ligam - o que me deixa feliz e satisfeita levando em consideração a situação do mundo hoje.
o meu sorriso reflete a frustração de uma procura intensa pelo que eu ainda não descobri.
e ainda não descobri como me dividir em pedaços e me entregar um pra cada um dos meus amigos de outros estados.
me perco nos segundos, nas horas, nos dias, na semana, nos sonhos, no meu bairro.
eu ainda gosto de cristais e de ler meu mapa astral sempre pra poder lembrar do meu carma.
mas eu não fico mais satisfeita com as respostas que eu tenho e com os diversos 'porque sim' e 'porque não' que a vida têm me dado.
o mar daqui é bom. o mar de lá é melhor ainda. o mar de lá com ele é lindo. o mar daqui sem ele não é mar. é má.
eu to cansada de abaixar pra amarrar o tênis e deixar minha vida cair no chão.
segunda-feira, 16 de março de 2009
mais um.
quando mente e coração não estão de acordo, nossa vida fica bagunçada.
é como se passasse um furacão tirando tudo do lugar e deixando migalhas,
restos; pedaços de coisas grandes que nos fazem continuar; restos de coisas grandes que nos insistem em atrapalhar o caminho.
andar, andar pra frente. andar pro futuro. andar, caminhar para a felicidade.
a nossa vida é como um sistema de portas de segurança:
a segunda porta só abre se a primeira porta estiver fechada.
por isso, devemos perceber que nem sempre as portas estão fechadas pra nós devido ao próprio destino ou ao mau humor divino.
devemos primeiramente permitir que a primeira porta se feche para só então abrir a segunda.
sem dúvidas, o nosso maior medo é fechar a primeira e perceber que a segunda não se abriu.
mas uma segunda porta SEMPRE se abre.
"andar com fé eu vou que a fé não custuma faiá..."
é como se passasse um furacão tirando tudo do lugar e deixando migalhas,
restos; pedaços de coisas grandes que nos fazem continuar; restos de coisas grandes que nos insistem em atrapalhar o caminho.
andar, andar pra frente. andar pro futuro. andar, caminhar para a felicidade.
a nossa vida é como um sistema de portas de segurança:
a segunda porta só abre se a primeira porta estiver fechada.
por isso, devemos perceber que nem sempre as portas estão fechadas pra nós devido ao próprio destino ou ao mau humor divino.
devemos primeiramente permitir que a primeira porta se feche para só então abrir a segunda.
sem dúvidas, o nosso maior medo é fechar a primeira e perceber que a segunda não se abriu.
mas uma segunda porta SEMPRE se abre.
"andar com fé eu vou que a fé não custuma faiá..."
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
crepúsculo ocidental.
"liberdade é apenas mais uma palavra para nada perder..."
Me and Bob Mcgee - Janis Joplin.
Me and Bob Mcgee - Janis Joplin.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
mas o que?
"o que é que eu estou procurando?
no vago, aflita, olhando...
de canto em canto buscando... o que?
de noite a lua assiste
que eu fico ainda mais triste
e saio pra rua andando,
procurando,
mas o que?
talvez se um dia eu achasse,
o mundo depressa tirasse,
e eu não conseguiria nem ver!
mas o que é que eu estou procurando?
no vago, aflita, olhando
de canto em canto buscando...
o que?"
it's been a hard days night...
no vago, aflita, olhando...
de canto em canto buscando... o que?
de noite a lua assiste
que eu fico ainda mais triste
e saio pra rua andando,
procurando,
mas o que?
talvez se um dia eu achasse,
o mundo depressa tirasse,
e eu não conseguiria nem ver!
mas o que é que eu estou procurando?
no vago, aflita, olhando
de canto em canto buscando...
o que?"
it's been a hard days night...
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