quarta-feira, 14 de outubro de 2009

na madrugada...

que mistérios se escondem atrás das trevas? que tipo de segredos pairam no cosmos de um jardim longo e verde, com aquela árvore de flores róseas e colibris e aquela brisa lenta mormaçada com o calor da primavera e gélida como a sensação dos pólos? na noite, eu escrevo. escrevo só e tanto. e pergunto, questiono. que tipo de dúvidas são contrastadas com pixels, cores e cristais líquidos? as óticas das ilusões me pegam em cheio, me beijam a boca e me jogam no chão. me pisam, me maltratam, me amam e me desprezam, numa louca transitoriedade com cheiro de cereja e um quarto tocando o blues. minha cerveja jaz ao meu lado. única companheira nessas noites tão frias e ausentes. única que ainda me faz calor. única que me colore o olhar, que me enche o sorriso, que me cora as faces, que conversa e discute comigo, única.
em algum lugar do mundo, as tartarugas cantam, doces e agudas, calmas e radiantes, motrando-se ali também. mas seu canto é tão alto que me faz não escutar mais a realidade. e desde então vivo de sonho. e já não sei ser mais nada além disso.

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