segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

existe um abismo.

tinha um abismo no meio do caminho.
no meio do caminho tinha um abismo.
















os meus amigos estão doentes. um no hospital, um com câncer, outro com infecção na garganta. os países estão doentes. uns com muito dinheiro, outros com muitas armas, outros com muita fome. a sociedade está doente. uma parte é medíocre. a outra é hipócrita. e a outra é oprimida. os amores estão doentes. uns amam demais, outros de menos. e alguns são doentes pelo ciúme, pela possessividade. as minhas amigas estão doentes. algumas só pensam em homem; outras, só em academia; e o resto só pensa em se livrar da "chatice" faculdade, dos livros, dos professores e da responsabilidade. como se um dia ela não tivesse que chegar, né.
a natureza está doente. animais morrem. florestas morrem. todos morrem.
todos morrem por dentro e por fora. morrem física ou psicologicamente. morrem através de valores ridículos, por atitudes ridículas. morrem por serem ridículos.
o mundo está doente. o mundo está morto. o mundo é ridículo.

depois de não me perguntar mais isso desde a minha infância, eu me permito:
o que eu to fazendo nesse lugar?!

2 comentários:

Leonardo Xavier disse...

Às vezes eu me sinto assim, mas com certeza vai aparecer algo de belo e simples no outro dia que vai me fazer achar o mundo mais belo e fazer ver que o mundo pode até estar meio doente, mas ainda não está morto. Talvez isso até me faça crer que o paciente está se recuperando.

Daniel Massa disse...

eu estou doente.