terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

à segunda vista.

no meio da rua cheia de gente ela disse que achava lindo o menino do outro lado, com cara de argentino safado. ela tomou um gole da caipirinha com bastante açúcar, encarou-o, tragou o cigarro e desviou os olhos com um jeito de que ele no mundo não importava tanto.
entraram. e enquanto ela dançava, ele se aproximou e beijou sua amiga.
foi no banheiro, retocou o batom e pensou naquele natal infame como se fosse o pior de sua vida, num Pub sujo nos undergrounds da cidade; e ainda haviam cinco cervejas no balde a serem liquidadas. é o que tinha pra hoje.
afastou-se. foi até a mesa mais longe, do canto mais longe, o mais longe possível da luz. sentou. outro cigarro acendeu, pensando que havia odiado o que papai noel trouxe nesse natal: um saco, dos grandes e bem vazios.
daí veio um cara com o sorriso bonito e disse umas palavras baratas. ignorando, pensou "que saco". na penumbra não dava pra ver muita coisa. só deu pra ver quando ela se apaixonou à segunda vista e saiu de mãos dadas de lá com o moço do sorriso. azar ou sorte? só a vida vai dizer.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

infância.


Era uma vez uma menina pequenininha. Aí um dia ela cresceu e quis abraçar o mundo. Fim.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

ausência.

Você pode ter todas as palavras do mundo nas mãos e no pensamento, mas elas de nada adiantam quando se perde o chão. Elas simplesmente se foram, e eu fiquei ali, olhando pra baixo e procurando um fundo debaixo do meu all star que não mais existia.
Estranha sensação essa de se ter tudo e de uma hora pra outra não ter mais nada. Não materialmente falando, mas subjetivamente, só o que me restam são essas palavras que, agora, nada servem.

"Essa vida é uma viagem
pena eu estar só de passagem."

Leminski, P.

a-provação
























Alice vai morar no Rio Grande do Sul. Alice passou no vestibular =)