
O sol enche as construções da minha ilha de dourado, enquanto se despede para dar lugar ao crepúsculo. Os prédios, as casas, pontes, ruas, elevados, são todos preenchidos de um ouro que não se compra. Daí me lembram, me confirmam, que sempre há... um lugar ao sol.
A brisa já não está mais abafada. A proximidade do inverno trouxe um ar gélido a essa cidade carregada de maritmidade. E a melodia do rádio se parece com um som europeu; desses que você ouve e visualiza pessoas bêbadas cantando juntas numa cabana nas montanhas, enquanto a neve cai lá fora contornando a natureza. Que ironia do destino, nessa capital tão isolada, tão cheia de verbos 'pocar', de canelas-verdes e panelas de barro, ainda surgem figuras carregadas de sentimentos singulares. É... por incrível que pareça, há também amor aqui.