São Paulo é uma cidade louca. louca e surrealista e tremendamente alucinante.
um fim de tarde púrpura degradê com um trânsito caótico. carros e mais carros, motos, velocidade, avenidas. espelhos e refletores. pessoas. pessoas que te encaram, que te engolem, que te beijam e te desprezam. pessoas que te olham e te tratam bem. tudo isso com um museu de arte moderna e outro de contemporânea, envolto por um parque bucólico e alternativo.
a vista dos prédios durante o dia, tão sérios e concretos. tão de concreto. dá lugar a vista dos prédios à noite, transformada num paraíso de luzes neon multicoloridas, combinadas e descombinantes, onde o vento transita transitoriamente enquanto o tempo cria seus pontos cruciais no destino. um ar desafiante. sim, isso é São Paulo.
com seus arranha-céus, arranhando a minha garganta. quem sabe num futuro não viria me abrigar entre esse mundo de concreto? aço, ferro, mansões e periferias. todas elas ligadas por avenidas brasis e paulistas. todas brasileiras. o ar das grandes cidades me deixa adrenálica; me desafia a sobreviver... a viver.