quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

todo dia ela faz tudo sempre igual.

existem segredos guardados na parcela de tempo-espaço do cotidiano. sorrisos que surgem das satisfações do dia a dia, das realizações pequenas que movem a vida. é interessante observar o caminhar das coisas, o desenrolar da existência; o nicho ecológico humano nesse mundo de cabeças pensantes (algumas, porque nem todas) tentando interferir na natureza de tudo aquilo que parece não pensar.
há um mistério entre as muitas xícaras de café ou copos de Toddy que tomamos todas as manhãs. ele está boiando no leite junto com o seu cereal, está elíptico nas notícias do jornal de cada dia. ele é o caos que faz o trânsito fluir no mundo inteiro, as luzes acendendo e apagando numa dança quase simétrica; ele é o que há entre o amanhecer em um lugar e o anoitecer em outro.
há quem diga que a felicidade é isso. saber enxergar a ordem do que acontece todos os dias sem que nossos olhos percebam. usar uma lupa para aumentar tudo aquilo que passaria direto sobre a nossa visão limitadamente enviseirada. ora, se até huxley disse que nosso cérebro apenas processa uma parte ínfima do que percebemos do mundo exterior, justamente porque somos humanos demasiadamente para absorver todas as informações, sensações, visões e sentimentos ao mesmo tempo... quem sou eu pra desmentir?

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