terça-feira, 5 de julho de 2011

desconsertamento.


dai-me Deus, uma dose de esquecimento
um prozac pro o sentimento
um conhaque que cure a dor.
um esmalte pra cobrir as garras
meia arrastão pra esconder as caras
maquiagem que esconda as olheiras
um bom papo des-farçando bobeiras
na frente do espelho.




dai-me Deus
amigas pra mascarar
quando aquele olhar eu buscar;
salto alto pra poder pisar
nos corações alheios
que ousam o caminho cruzar.
porque nessa noite
a noite é minha
a noite é só
eu e a lua
e o meu conhaque
e o meu prozac
e a dose de esquecimento
e o desalinho desalento
e a lembrança do esquecimento
da noite que era dele.

um poema do esquecimento
pra paginar o momento
pra se eternizar
desconsertamento.

Um comentário:

Leonardo Xavier disse...

Gostei do poema, ficou muito bom!

abraços