sábado, 30 de outubro de 2010

de livros e paradoxos.

_ouvir a janis joplin vibrando alto e os pingos caindo do chuveiro e escorrendo pelo meu rosto cansado dá sensação de ventura. e não me importa mais se todos estão em casa ou se fico imersa nesse armazém de solidão. fico aqui apenas, remoendo os prós e os contras das nossas brigas mal feitas por motivos mal forjados, causadas simplesmente por um ciúme doentio daquilo que não vivemos juntos e pela ânsia sedenta por aquilo que ainda viveremos.
_o lume das estrelas se confunde com o brilho dos postes e eu queria você me dizendo o quanto quer ficar do meu lado neste momento agora que passou. e em todos os outros que virão. só nós sabemos o que se passa dentro desses nossos corações profundos de madrugada e caos, como vitrolas empoeiradas de histórias e emoções dos outros. livros impregnados de dedicatórias doces e flores secas, que são a prova de que nosso amor um dia existiu nesse universo enorme de matéria e sentimento.
_só nós sabemos desse amor do nosso jeito, com o nosso cheiro e gosto, um amor que machuca e que alegra. um paradoxo incontestável de que somos humanos, e que de tão humanos passamos a ser tolos de esperança pelo que há de vir. e aquelas pessoas da fotografia estão sorrindo pra mim, como marionetes de um passado feliz que está presente e se projeta por muitos anos que ainda hão de vir. te sinto, incondicionalmente.

sábado, 2 de outubro de 2010

o velho e o moço.

















"vou levando assim, que o acaso é amigo do meu coração... quando fala comigo"